Publicação discute os conceitos, relacionando-os a contextos históricos e à situação da desigualdade racial brasileira

No dia 02 de julho, foi lançado o boletim Supremacia Branca: A Branquitude Organizada, produzido pelo Observatório da Branquitude. A pesquisa visa interessar leitores sobre o tema, levando-os a estudos mais aprofundados em cenários de profundas desigualdades raciais e sociais.

Realizado pelas pesquisadoras Carol Canegal, coordenadora de pesquisa do Observatório da Branquitude, e Nayara Melo, analista de pesquisa do Observatório da Branquitude, o trabalho apresenta conceitos de branquitude e supremacia branca de estudiosos como bell hooks, Guerreiro Ramos, Richard Dyer, Ruth Frankenberg, Sueli Carneiro e outras referências, também atuais no ramo da sociologia.

O boletim classifica a supremacia branca como a forma que a branquitude, ou seja, o branco, se organiza. Enquanto o branco rateia privilégios socioeconômicos, sem reconhecer os benefícios sociais que usufrui, a supremacia se orgulha das vantagens e os grupos se manifestam a partir delas.

Além disso, as bandeiras de ultradireita estão associadas a ideologias de supremacia branca, como o nazismo. Ademais, o estudo fala que mudanças sociais causadas por problemas raciais existentes atualmente surgem a partir da branquitude, já que, no quesito do debate público, o papel da identidade branca persiste na desumanização dos outros grupos raciais.

O boletim está disponibilizado no site do Observatório!