“Eu ouvi algo muito especial de uma pessoa que acompanha meu trabalho que foi: essa novela tem tanta gente preta potente, que me perguntei porque você não estava nela. Quando te vi na tv eu pensei – Agora sim! Ela tinha que estar ali. Vai na fé está fazendo história, já é um marco da tv brasileira e ser protagonizada por uma mulher negra, interpretando uma personagem como a Sol e eu poder fazer parte disso tudo me emociona muito. É a retomada de um espaço que por direito sempre foi nosso, o povo brasileiro pode se ver representado de verdade em uma obra, na sua televisão e eu me orgulho de estar ali”, declara.

Foto: Felipe Molina
Para a atriz, o fato da sua personagem ter uma importância na trama ao tratar da temática do abuso, fala sobre a importância da denúncia.
“Curiosamente, um pouco antes de eu receber o convite para interpretar a Janaína, eu conheci uma jovem vítima de estupro. O assunto começou por ela dizer ter sido separada da filha, pois engravidou muito nova e não tinha maturidade para cuidar da menina. Disse que o pai era quem tinha a guarda e permitia que ela visse a criança de vez em quando. Foi só no meio da conversa que a jovem foi se dando conta, enquanto conversava comigo, que achava que tinha sido estuprada, pois dizia se lembrar que no vídeo que mostraram dela na época ela estava muito alcoolizada, mas ela não lembrava de ter consentido o ato. Eu fiquei completamente tocada com esse relato que só confirma que histórias como a de Janaína e Sol acontecem todos os dias e no caso de nós mulheres negras os índices apontam para um número muito mais alarmante.”
Tulanih também integra o elenco de “Acampamento Intergaláctico” ( Netflix) como a chefe de tecnologia Flávia e é destaque em Falas Negras ( Globoplay) como a manifestante que encerra a temporada.
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