O espetáculo “Candelária” do coletivo Trupe Investigativa Arroto Cênico iniciou recentemente uma nova circulação de apresentações gratuitas por seis cidades do estado do Rio de Janeiro, e 1 Oficina de Dramaturgia com o escritor e diretor teatral Alexandre Damascena. No elenco, o ator Jonathan Floriano dá vida a um dos personagens e comenta sobre o novo momento de cartaz do coletivo.

“Candelária” com dramaturgia de Karla Muniz Ribeiro e direção de Madson Vilela é um espetáculo manifesto que perpassa pela temática do racismo estrutural na sociedade e é resultado de uma pesquisa cênica sobre a Chacina da  Candelária. O roteiro transita por três recortes dramatúrgicos referentes a momentos históricos do Brasil. Passados 30 anos da chacina, ainda vivemos da  política de extermínio de pessoas pretas.

Na trama, o Jonathan integra um papel importante e forte. “O meu personagem eu o chamo de Voz, ele é uma canal que recebe e transmite toda energia. Ele é voz para aqueles que não tiveram e continuam não tendo. É um extensor de voz que quer falar”, declara ele.

A montagem, uma realização da produtora Luandeh Chagas em parceria  com a Trupe Investigativa Arroto Cênico, foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo no edital EVOÉ RJ, promovido pelo Governo Federal, o Ministério da Cultura, o Estado do  Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de  Janeiro.

O espetáculo estreou em novembro de 2022, e desde então já foi selecionado para vários festivais. Além de Jonathan, o elenco conta com os atores Karla Muniz Ribeiro, Madson Vilela, Marlon Souza e  Simone Cerqueira.

“Fazer parte dessa equipe e poder estar no palco com esse projeto é realmente muito importante para mim. Poder falar sobre meu povo, poder gritar por nós e olhar no olho com o intuito de informar, isso não tem preço”, afirma Jonathan.

Quanto a expectativas para novas datas, ele finaliza: “Estamos felizes de estar em uma nova circulação. Espero que o espetáculo Candelária chegue em cada teatro desse Brasil. É um espetáculo necessário”.