Ricardo Silvestre e sócios lançam a Peji para traduzir consumo negro

por | maio 20, 2025

Ricardo Silvestre, CEO da Black Influence, anuncia o lançamento da PEJI, empresa de inteligência segmentada dedicada a entender e traduzir os comportamentos de consumo da população negra brasileira. Ao seu lado na fundação estão Jaque David, como sócia fundadora, e Ricardo Forli, como sócio administrativo.

A proposta da empresa é gerar conexão real entre marcas e o público negro, oferecendo dados, estratégias e curadoria cultural para um mercado historicamente negligenciado. “Nosso objetivo é claro: transformar presença em potência. Não basta incluir, é preciso entender, respeitar e dialogar com esse consumidor”, afirma Jaque David.

Identificação é fundamental para o consumo

Com 56% da população brasileira se autodeclarando preta ou parda e uma renda anual estimada em R$ 1,9 trilhão, o consumo negro representa um dos maiores potenciais de crescimento para empresas de todos os setores. Segundo dados da pesquisa Black Consumers, feita pela Data Makers em parceria com a Black Influence, 61,87% dos consumidores negros afirmam valorizar campanhas com representatividade, e 58,78% tendem a consumir mais de marcas que os representem.

“Consumidores negros querem mais do que produtos: querem reconhecimento e respeito. E isso passa por linguagem, presença e autenticidade. Identificação gera consumo e, consequentemente, faz o ponteiro do negócio girar. Nossa abordagem é 100% focada em negócios”, reforça Ricardo Silvestre.

Atuação e abordagem da Peji

Enquanto consultorias tradicionais operam sob uma lógica genérica e eurocentrada, a Peji aposta em uma abordagem culturalmente afinada. Combina análise de dados, pesquisa qualitativa e curadoria estratégica para ajudar marcas a dialogarem com mais precisão.

Os serviços oferecidos incluem o monitoramento de movimentos de consumo, com a identificação de tendências e sinais culturais emergentes; a curadoria de oportunidades, conectando marcas a narrativas relevantes; a adaptação cultural, que alinha produtos e comunicação à identidade do público; e a prototipagem de linguagens, com testes e validação junto ao público-alvo.

“A Peji não cria campanhas, cria entendimento”, resume Ricardo Forli. “Nosso papel é traduzir os códigos culturais da população negra em ações concretas de negócio.”

Circularidade com impacto

A atuação da Peji também prevê impacto direto no ecossistema negro. Parte dos recursos gerados pelos projetos da empresa será destinada a iniciativas de afroempreendedorismo, como forma de fomentar a circularidade econômica e contribuir para a redução das desigualdades no acesso a oportunidades.

“Somos fluentes raciais, sabemos entender as demandas de consumo das pessoas pretas e transformá-las em oportunidades de negócios para as marcas”, conclui Jaque David.

 

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