Kenya Sade, Ad Júnior e Alberto Pereira Jr. recebem a Marvvila, nova e grande aposta do pagode. No papo com direito a palhinha musical, a cantora discute o machismo no gênero e lembra sua origem evangélica. Os cantores Thiaguinho e Salgadinho falam sobre o preconceito com o pagode e a produtora soteropolitana Brenda Ramos fala do bloco Lua Vai, dedicado ao pagode anos 90 e que leva 200 mil pessoas às ruas no carnaval.
Sobre o o Pagode:
O pagode era o nome de festas organizadas por negros escravizados nas senzalas. A expressão e a tradição continuou, batizando comemorações populares realizadas nos fundos de quintais do subúrbio e morros cariocas. Eventos, que, no fim da década de 1970, eram regados de comida, bebida e samba.
Foi do bairro de Ramos, que esse tipo de música surgiu para as rádios, as gravadoras e os canais de televisão. em 1978, a saudosa cantora Beth Carvalho visitou a quadra do bloco Cacique de Ramos para conhecer um grupo de pagodeiros que fazia um samba bacana: o Fundo de Quintal.
Ela gostou daquele novo estilo, que misturava outros ritmos africanos e introduziu o banjo e o repique de mão, além de substituir surdo pelo tantã.
Beth passou a gravar as canções desses compositores, revelando nomes como Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Grupo Fundo de Quintal e Almir Guineto, entre outros.
Mas o estilo que explodiu no fim dos anos 1980 e na década de 1990 no Brasil é uma outra vertente do pagode. Também originária dos subúrbios cariocas, com grupos musicais masculinos, inspirados nos conjuntos vocais norte-americanos, Temptations, Stylistics, Take 6 e Four Tops.
As letras das músicas e a harmonia ficaram mais adocicadas, com teclados eletrônicos e sintetizadores deixando o estilo mais próximo do pop, o que deu força comercial e o interesse de grandes gravadoras, fazendo o pagode se popularizar por todo o Brasil.
Quem não lembra as coreografias, os figurinos combinadinhos de banda como: Grupo Raça, Raça Negra, Exaltasamba, Soweto, Só Pra Contrariar, Negritude Jr, entre outros…
Ouça agora!
0 comentários