O Sesc 24 de Maio recebe em 24 de setembro (quarta-feira), às 18h, um pocket show gratuito de Ndee Naldinho, um dos pioneiros do RAP brasileiro. A atração integra a programação especial da exposição HIP-HOP 80’sp – São Paulo na Onda do Break. Em cartaz com mais de 3 mil peças reunidas de forma inédita, a mostra recria os primeiros passos do hip-hop nas ruas da capital paulista dos anos 1980 e resgata a efervescência cultural de pontos icônicos para a cultura Hip-Hop.
Na apresentação, Ndee Naldinho revisita sua trajetória musical e oferece ao público um repertório de onze canções que marcaram gerações, incluindo clássicos como O melô da lagartixa, Aquela mina é firmeza e O povo da periferia. Narrador da realidade urbana e periférica, o artista sintetiza neste show mais de três décadas de carreira e traduz em música a história e a força do RAP nacional.
Considerado um dos nomes mais importantes e respeitados da história do RAP no Brasil, a trajetória de Ndee Naldinho começa em 1984, nas festas e rádios de black music em São Paulo. Em 1988, com o nome artístico Ndee Rap, gravou duas faixas na coletânea O som das ruas da equipe Chic Show e o sucesso O melô da lagartixa. Desde então, mantém-se em atividade e tornou-se o único rapper brasileiro a gravar seis discos na era do vinil e detentor da maior discografia do RAP nacional.
Cultura Hip-Hop em cartaz no Sesc 24 de Maio
Realizada pelo Sesc São Paulo, a exposição HIP-HOP 80’sp – São Paulo na Onda do Break tem curadoria compartilhada de OSGEMEOS, Rooneyoyo O Guardião, KL Jay (Racionais MC’s), Thaíde, as pioneiras Sharylaine e Rose MC e o b-boy ALAM Beat. A mostra recria a atmosfera vibrante dos anos 1980 e presta tributo a locais que marcaram a história do Hip-Hop na capital paulista, como a estação São Bento, a Praça Roosevelt, o Parque Ibirapuera e a famosa esquina da 24 de Maio com a Dom José de Barros.
Com mais de 3 mil peças reunidas de coleções pessoais e acervos históricos, o público tem acesso a raridades nacionais e internacionais. Entre os destaques estão registros inéditos da fotógrafa Martha Cooper, o documentário Style Wars (1983), de Henry Chalfant, gravações originais do artista visual Michael Holman, além de equipamentos de som da época, figurinos originais e colaborações do Museum of Graffiti (Miami).
A experiência é imersiva e convida o visitante a mergulhar na história: um vagão de metrô cenográfico conduz o público por um percurso que vai do Bronx dos anos 1970 à São Bento, epicentro do Hip-Hop paulista. O percurso também destaca a chegada do breaking ao Brasil, a influência de filmes como Beat Street e Breakin’, e a trajetória das mulheres que romperam barreiras e ajudaram a consolidar a cultura Hip-Hop no país.
A exposição permanece em cartaz no Sesc 24 de Maio com entrada gratuita, de terça a sábado, das 9h às 21h, e aos domingos e feriados, das 9h às 18h.
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