Idris Elba e Beyoncé enfrentam a maior ameaça à sua família em “Obssessiva”

por | dezembro 18, 2023

Quando despontava para ser uma das maiores estrelas da história da música, Beyoncé também arriscava colocar seus atributos de atriz à prova. Três anos após integrar o elenco do premiado ‘Dreamgirls’ (2006), a cantora estrelou “Obsessiva”, ao lado do astro em ascensão Idris Elba.

Derek Charles (Elba) é um executivo bem-sucedido, casado com a bela Sharon (Beyoncé) e tudo parece ir bem, tanto na carreira, quanto na vida pessoal. No entanto, a nova estagiária da empresa, Lisa, interpretada por Ali Larter, vira um problema após desenvolver uma paixão doentia por Charles. 

“Obsessiva” não tenta reinventar a roda do suspense, na verdade é bastante genérico, mas justamente por não ser pretensioso é que funciona. Assim que Lisa entra em cena, fica claro que ela será um problema. O filme não trata sua antagonista com sutileza, mas a atuação de Ali Larter segura bem as pontas. O desequilíbrio da personagem só não cai no caricato por conta da boa presença da atriz. As interações com o personagem de Idris Elba tem até mais química do que com o de Beyoncé, fruto da experiência de Larter.

A trama lembra muito  “Atração Fatal” (1987), mas com a família negra em posição de protagonismo, o que não é surpresa em um filme produzido pela própria Beyoncé. A insegurança de Sharon em relação à nova funcionária se justifica dentro do próprio histórico de sua vida. Ela era secretária de Charles, então se apaixonou e precisou largar o trabalho para cuidar do filho e da casa. Inclusive, o longa pincela Charles como um homem machista, que não vê necessidade da esposa estudar e trabalhar, visto que ele fornece segurança material. Seria uma história interessante a se explorar, mas a ameaça da antagonista resolve as resistências do marido.

É uma pena que o roteiro dê pouco para Beyoncé trabalhar. Ela é dona de poucos bons momentos na história e quando se torna a protagonista, não faz muito sentido. O filme constrói o personagem de Elba como adversário de Lisa, mas no final, ele fica distante do clímax.

“Obsessiva” é um bom filme sobre mulheres psicóticas, embora pudesse arriscar mais em alguns aspectos. O embate final é bem divertido, embora deslocado do que o roteiro tinha construído até então. Vale uma olhada.

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