A exposição de artes visuais ‘Ecologia do Bem Viver’ em cartaz no Galpão Bela Maré, no Rio, termina neste sábado, dia 10. A mostra, que reúne obras de 15 artistas periféricos, foi resultado da terceira edição da residência formativa da Escola Livre de Artes, projeto do Observatório de Favelas.
No início do segundo semestre, a Escola Livre de Artes (ELÃ ) selecionou e convidou artistas para debates sobre o tema ‘‘Ecologias do bem-viver’’, em que é possível refletir sobre as novas estéticas que apontam para a estratégia de convívio e permanência no mundo de hoje. As obras de artes nasceram a partir destes debates e reflexões coletivas.
Para celebrar o percurso formativo e o trabalho desenvolvido pelos artistas, o Observatório de Favelas promove uma festa de encerramento da exposição, a partir das 16h. Na programação, atrações musicais como Grupo de Pagode Fundamental, DJ Ciana, artista musical de ritmos afrolatinos e diaspóricos e DJ Duhpovo, que vai agitar o público com funk, rap, house music, pop, black music e vogue beat.
De acordo com a diretora do Observatório de Favelas, Isabela Souza, durante o processo formativo da Escola Livre de Artes, os artistas e convidados que participaram dos encontros e aulas, apontaram a necessidade de discussões sobre a importância de se estabelecer novos pactos de convivência para que todas as pessoas juntas possam cuidar do meio ambiente:
“A ELÃ é um espaço de formação que historicamente viabiliza debates importantes, e percebemos como as favelas e periferias urbanas e rurais, têm revelado alternativas e inventado muitos caminhos neste sentido. Ecologias do Bem viver é uma forma de afirmar a pertinência dessa Escola acontecer a partir de perspectivas territoriais e tendo a arte como mediadora’’, explica a diretora.
A Escola Livre de Artes (ELÃ) teve a sua iniciativa em 2019 com o foco em experimentos artístico-pedagógico para jovens artistas oriundos/es/os de favelas periféricas. O programa de residência-formativa conta com encontros presenciais mediados por artistas, curadoras/es, educadoras/es entre outras/es/os agentes do campo da arte e da cultura, compartilhando experiências, encontros formativos, laboratórios e diferentes estratégias artístico-pedagógicas para fomentar a produção poética e narrativa dos artistas participantes. Ao final da vivência, os resultados do processo constituem uma exposição que fica em cartaz no Galpão Bela Maré.
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