CUFA, Favela Filmes e Instituto Heineken formam jovens das periferias de São Paulo em curso de Audiovisual com Inteligência Artificial

por | janeiro 30, 2024

Acontece amanhã, quarta-feira (31), a formatura da primeira turma do projeto Cri.Ativos da Favela, idealizado pela Central Única das Favelas (CUFA), Instituto HEINEKEN e The Town. O curso, ministrado pela Favela Filmes, ganhou vida a partir da reversão de 100% do lucro com as vendas de Heineken 0.0 durante todos os dias do festival e possibilitou a criação de um laboratório tecnológico exclusivo para que cerca de 60 jovens das periferias pudessem passar por uma capacitação criativa no universo audiovisual durante três meses. Nos quesitos simbólico e de conteúdo, o projeto se desdobrou em momentos muito construtivos para a experiência dos criativos, jovens moradores em praticamente todas as zonas urbanas da cidade e até municípios vizinhos, como Guarulhos, Osasco e a região do ABC – o que reforçou a integração entre esses jovens de potência criativa imensurável.

O investimento de R$1 milhão foi destinado à compra de equipamentos técnicos, contratação de professores e toda a gestão e estrutura do local do curso, o qual foi ministrado nas dependências da CUFA, no Parque Santo Antônio, região sudeste da Capital. Salas foram equipadas com os aparelhos e instrumentos exigidos pela tecnologia atual, em ambiente propício ao desenvolvimento da imaginação e do potencial criativo dos alunos. Além da experiência teórica, os alunos participaram por uma experiência crítica na produção da série ‘Motoboy SP’, da Rede Globo e produziram um curta-metragem com narrativa própria para o Dia do Grafite e puderam colocar em prática todo o conhecimento absorvido durante a capacitação. 

Laboratório equipado para o curso – Créditos: Favela Filmes

 

“Há trinta anos eu era uma jovem fazendo um curso de audiovisual e já tinha uma pré-disposição para ensinar. Contextualizando de onde eu vim, antes de falar o que eu enxergo para o futuro dos meus alunos aqui no CrI.Ativos da Favela, o audiovisual me fez vislumbrar o futuro que eu queria. E o que eu espero para eles é a base do que a gente preza no projeto: talento e criatividade não têm classe social. Então, para o futuro deles, eu espero que enxerguem essas possibilidades sem limites que a criatividade e o audiovisual proporcionam em oportunidades de atuação criativa, e que também podem ganhar dinheiro com isso”, comenta Débora Freire, professora e coordenadora do CrI.Ativos da Favela. 

“Antes de entrar no curso, eu não tinha certeza de que era possível viver do audiovisual, mas depois eu percebi que isso é possível. A minha jornada profissional já mudou totalmente porque eu tive aulas e recebi orientações dos professores que já estão no mercado de trabalho. São apenas três meses de curso, mas nesse período eu me transformei em outra pessoa. O projeto mudou a minha vida porque eu conheci pessoas incríveis e, o principal, percebi que o que eu amo é o audiovisual e não é algo inacessível para mim”, relata Samira Silva Balogun, videomaker e aluna da primeira turma do CrI.Ativos da Favela.

 

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